A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotada na manhã desta quarta-feira, 15/01/2025, em R$ 587.327,92. Os touros conseguiram elevar o preço do BTC para US$ 97 mil em busca de uma recuperação, mas devem encontrar dificuldades em romper a resistência de US$ 98 mil.

“É importante observar que bons projetos, projetos que têm fundamento e que não perderam o seu fundamento, projetos esses que estão bem defasados de preços, fundo, no geral, é o melhor momento para a compra. E quando ninguém quer ou, no geral, o país perde a esperança, é o momento que nós enxergamos as melhores oportunidades”, disse Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin.

Pedro Gutiérrez, diretor Latam da CoinEx, aponta que se o suporte em US$ 94.500 não se mantiver e o preço cair abaixo dessa zona, uma queda para níveis mais baixos pode ser inevitável. 

“Nesse caso, os níveis entre US$ 78.000 e US$ 72.000 poderiam oferecer uma base de acumulação para futuros repiques, enquanto os traders devem ficar atentos a possíveis pontos de inflexão nessas faixas, pois a volatilidade pode ser alta nessas regiões. No entanto, aso o preço consiga se manter acima de US$ 102 mil, e demonstre sinais de consolidação, há potencial para retomar a trajetória rumo a US$ 105.000 e possivelmente US$ 110.000 no curto prazo, com a possibilidade de continuidade da tendência de alta, caso a demanda se mantenha forte”, destacou.

Segundo Charles Wayn, cofundador da Galxe, não são fatores técnicos que estão impulsionando essa volatilidade atual no BTC, mas sim questões políticas. Ele aponta que todos os mercados estão paralisados pela enxurrada de notícias macroeconômicas, com um relatório de empregos nos EUA mais forte do que o esperado.

Ele aponta que a inflação nos EUA também deve se mostrar persistente, o que significa que o Federal Reserve provavelmente manterá as taxas estáveis no final deste mês, e possivelmente durante todo o primeiro trimestre. Porém, no meio de tudo isso, há o imprevisível Donald Trump assumindo o cargo em 20 de janeiro.

“Como sabemos, uma das campanhas vencedoras de Trump foi sua política pró-cripto. De fato, vemos que ele está organizando um jantar privado sobre cripto nesta sexta-feira, antes da posse. Além disso, há relatos de que ele pode implementar políticas pró-cripto ‘no primeiro dia’ de sua presidência, o que nos dá um pouco mais de confiança.

No entanto, investidores e traders continuam agindo de forma impulsiva, e qualquer notícia boa ou ruim pode levar o mercado para qualquer direção. Embora seja improvável que Trump tenha algo mais importante para fazer no primeiro dia do que definir políticas cripto, ele é um showman e sabe que isso atrairá manchetes e proporcionará um impulso de ânimo para cerca de 53 milhões de investidores americanos em meio a notícias macroeconômicas bastante sombrias”, afirmou.

Portanto, segundo Wayn, em vez de uma queda para US$ 70 mil, é mais provável que vejamos o Bitcoin atingir um novo recorde histórico nos próximos 10 dias.

“Como as coisas vão se desenrolar depois disso, ninguém sabe, mas parece altamente improvável que vejamos uma grande queda. Claro, o melhor que qualquer pessoa envolvida com cripto pode fazer agora é nada – evitar o barulho e focar nos projetos e comunidades que valorizam, enquanto os day traders arrancam os cabelos tentando acompanhar o sentimento”, finaliza.

Olhando para dados on-chain, o trader Axel Adler Jr, aponta que durante uma recuperação do mercado, os participantes ativos começam a acumular Bitcoin, como pode ser visto no gráfico que aponta as crescentes retiradas de BTC das exchanges.

Ele destaca uma tendência interessante: “Notavelmente, no final de 2024, o grupo de grandes jogadores detentores de 100-1.000 BTC começou a comprar ativamente Bitcoin mais cedo do que aqueles com saldos de 10-100 BTC”.

AxelAdlerJr explica que, à medida que a consolidação avança, “a atividade de compra diminui, mas permanece significativamente elevada, o que pode sugerir um aumento iminente no preço do BTC”, destaca.

Olhando para a análise técnica, o analista Manish Chhetri, destaca que se o BTC continuar sua recuperação e fechar acima do nível de US$ 100.000, ele poderá estender o rali para testar novamente a máxima histórica de US$ 108.353, alcançada em 17 de dezembro de 2024.

“O Índice de Força Relativa no gráfico diário lê 52, acima do seu nível neutro de 50 e aponta para cima, indicando um aumento no momentum de alta. Além disso, o indicador Moving Average Convergence Divergence (MACD) está prestes a virar um cruzamento de alta. Se a linha MACD fechar acima da linha de sinal, isso daria um sinal de compra e sugeriria uma tendência de alta”, disse.

No entanto, segundo o analista, se o BTC continuar sua correção e fechar abaixo de US$ 90.000, ele estenderá um declínio adicional para testar novamente seu próximo nível de suporte em US$ 85.000.

Kais Altabbaa, analista da Bitget, aponta que apesar da alta desta quarta-feira, o Bitcoin se encontra dentro de um canal de tendência horizontal no curto prazo e, nele, os investidores parecem ainda incertos e aguardando sinais de uma direção mais clara. Segundo ele, é importante notar que os picos de volume e os fundos não refletem bem o atual preço do ativo.

“O balanço de volume é negativo, o que enfraquece a moeda e indica uma maior chance de novas desvalorizaçōes. A moeda é avaliada como tecnicamente negativa para o curto prazo”, apontou.

Portanto, o preço do Bitcoin em 15 de janeiro de 2025 é de R$ 587.327,92. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 15 de janeiro de 2025, são: XDC Network (XDC), Iota (IOTA) e XRP (XRP) com altas de 17%, 11% e 9% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 15 de janeiro de 2025, são: Tokenize Exchange (TKX), Pudgy Penguin (PENGU) e Bittensor (TAO), com quedas de -11%, -5% e -4% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente – cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado “corrente de blocos” (block – bloco, chain – corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão