Na manhã desta quinta-feira (9), o mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 3,28 trilhões (-3,2%), enquanto o Bitcoin (BTC) era transferido em torno de US$ 93,3 mil (-2,7%) com 56,5% de dominância de mercado, sentimento dos investidores em zona neutra (49%) e a maioria das altcoins no vermelho, apesar da alta de alguns tokens em até 200%.
A pressão vendedora potencializava o tombo do dia anterior, quanto o BTC despencou 6%, as altcoins derreteram até 40% e os traders alavancados capotaram em US$ 710 milhões. Esse aumento no banho de sangue ocorreu após o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, divulgar a ata da reunião de dezembro de seu colegiado de política monetária, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
Em linhas gerais, a autoridade monetária demonstrou preocupação com a política econômica do presidente Donald Trump. O que pode levar o Fed a desacelerar o corte de juros, já que os membros do Fomc “esperam que a inflação continue a se mover em direção a 2%, embora tenham percebido que as leituras recentes mais altas do que o esperado sobre a inflação”.
“O efeito de potenciais mudanças na política comercial e de imigração sugeriu que o processo poderia levar mais tempo do que o previsto anteriormente”, observou o documento.
O impacto sofrido pelo Bitcoin apresentou pouca associação com os índices S&P 500 e o Nasdaq, correlacionados historicamente ao desempenho da criptomoeda, encerrados respectivamente em 5.918,25 (+0,16%) e 19.478,88 pontos (-0,06%).
Em um possível sinal de consolidação do Bitcoin e outros mercados, o índice Cboe Volatility Index (VIX), conhecido por índice do medo, encontrava-se a 17,70 pontos (-0,67%). O que pode ajudar a reduzir a forte pressão vendedora que atingiu os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de BTC e Ethereum (ETH), que registraram respectivas saídas líquidas de US$ 582,90 milhões e US$ 159,34 milhões, de acordo com dados da plataforma SoSoValue.
No campo das principais altcoins em capitalização de mercado, o AI16Z recuava a US$ 1,48 (-19,7%), o WIF retornava a US$ 1,62 (-12,8%), o AIOZ valia US$ 0,90 (-12,1%), o PENGU derretia a US$ 0,033 (-10,8%), o SPX6900 estava precificado em US$ 1,29 (-10,2%), o MOVE era trocado por US$ 0,86 (-9,4%), o RUNE se equiparava a US$ 3,81 (-8,9%), o RENDER se localizava em US$ 7,29 (-7,1%), o NEO atingia US$ 14,95 (+4,6%), o XDC se nivelava por US$ 0,094 (+3,4%) e o KAS orbitava US$ 0,11 (+3,1%).
Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o GAS alcançava US$ 6,54 (+37,9%), o SC se transformava em US$ 0,0060 (+12,1%), o AKUMA era vendido por US$ 0,0011 (+34,1%), o POLYX atraía US$ 0,28 (+10,3%), o TOKAMAK orbitava US$ 2,95 (+60%), o ONG era transacionado por US$ 0,38 (+21,9%), o IOST se equiparava a US$ 0,0078 (+19,8%) e o STRAX se convertia em US$ 0,091 (+19,5%).
No grupo dos mil principais projetos em capitalização de mercado, dois tokens se destacavam, ambos ligados ao segmento de finanças descentralizadas (DeFi). Um deles era o protocolo de empréstimo Strike (STRK), precificado em US$ 19,24 (+150%) com um pico de preço de 200% e US$ 2,18 bilhões em volume de negociações (+86.400%); e o Cobak Token (CBK), do aplicativo de negociação de criptomoedas Cobak, transferido por US$ 1,47 (+112%) com um pico de preço de 140% e US$ 468,8 milhões em volume de negociações em 24 horas (+12.900%).
Gráfico de 24 horas do par STRK/USD. Fonte: CoinMarketCap
Entre as novas listagens em exchanges de criptomoedas estavam Dar Open Network (D) na Binance, Bitget, Phemex e Bitrue; LLM na CoinEx, LBank e AscenDEX; ANEX na BitMart; XRP na Robinhood; BABYSHARK na Kucoin.
Apesar da queda de preços, 10 criptomoedas de IA, DeFi e meme em alta de até 35.000% em 90 dias prestes a explodir até 50.000%, segundo um especialista, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.