A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotada na manhã desta terça-feira, 31/12/204, em R$ 585.004,23. As últimas 24h foram marcadas por uma intensa volatilidade na qual o BTC chegou a cair abaixo de US$ 92 mil, voltou para US$ 93 mil, caiu novamente e recuperou mais uma vez o valor, registrando agora uma alta de 1% e se mantendo perto de US$ 94 mil.
Fernando Pereira, gerente de conteúdo da Bitget, destaca que o Bitcoin, após romper uma linha tendência de alta que marcava o preço desde a eleição de Donald Trump, testou ela como resistência dessa vez e sentiu pressão vendedora.
“Esse é um sinal técnica de continuação de baixa. Vale ressaltar que todo primeiro mês de janeiro depois das eleições norte-americanas temos quedas de aproximadamente 30% no BTC, antes de voltar a subir. Podemos estar diante desse cenário novamente para as próximas semanas”, disse.
Apesar das incertezas, a recuperação do Bitcoin pode já ter começado, afirma Pauline Shangett, CMO da ChangeNOW. Em sua análise, a especialista destaca que o mercado está reagindo a fatores externos, como a recente “FUD” (medo, incerteza e dúvida) em torno do USDT, o que gerou uma pressão de venda no preço do Bitcoin.
“Eu acredito que estamos vendo uma correção no preço do Bitcoin, devido a esse FUD relacionado ao USDT”, comentou Shangett. “Talvez o mercado caia ainda mais, mas, dado que a liquidez já foi retirada, a rotação para cima pode já ter começado”, completou.
A analista também chamou atenção para um indicador significativo do comportamento de investidores de longo prazo. O Coin Days Destroyed (CDD), uma métrica que calcula o tempo em que os Bitcoins ficaram inativos e a quantidade de moedas que se moveram, atingiu um nível recorde de seis anos. Com 24,8 milhões de CDD registrados, o indicador sugere uma movimentação de grandes volumes de Bitcoin que estavam “dormindo” há muito tempo.
“Esse aumento no CDD, especialmente no período de média de 60 dias, sinaliza um movimento considerável de grandes quantidades de Bitcoin que estavam inativos por longos períodos”, explicou Shangett. “Isso pode indicar que investidores de longo prazo estão começando a agir, o que poderia ser um sinal de que a pressão de venda está chegando ao fim”, concluiu.
Segundo o analista do Cointelegraph, Rakesh Upadhyay, o Bitcoin está testemunhando a realização de lucros por parte de alguns traders, aumentando a possibilidade de uma queda para o forte suporte em US$ 90.000.
Ele destaca que as médias móveis estão prestes a realizar um cruzamento de baixa, e o índice de força relativa (RSI) está em território negativo, indicando que os ursos estão tentando um retorno. Se os compradores quiserem evitar uma queda, terão que defender vigorosamente a zona entre US$ 85.000 e US$ 90.000.
“Caso consigam, o par BTC/USDT poderá passar algum tempo dentro de uma grande faixa. Por outro lado, uma quebra abaixo de US$ 85.000 pode levar vários traders a realizar lucros, o que poderia afundar o par para US$ 73.777”, apontou.
Portanto, o preço do Bitcoin em 31 de dezembro de 2024 é de R$ 585.004,22. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0017 BTC e R$ 1 compram 0,0000017 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 30 de dezembro de 2024, são: ai16z (AI16Z), Virtual Protocols (VIRTUAL) e Pepe (PEPE) com altas de 4%, 3% e 2% respectivamente.
Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 30 de dezembro de 2024, são: Bitget Token (BGB), Tokenize Xchange (TKX) e Movement (MOVE) com quedas de -15%, -11% e -10% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente – cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado “corrente de blocos” (block – bloco, chain – corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão